24/12/2007

Natal, magia no ar

Eu considero o Natal a data mais familiar de nosso calendário. Uma época do ano que costumo ficar mais sensível. A ceia, a troca de presentes, a vontade de estar junto das pessoas queridas, é um momento de aconchego, de confraternização e solidariedade que faz aflorar sentimentos e emoções. E da mesma forma que o Natal traz muita magia, é preciso cuidar para que não venha acompanhado daquele toque de melancolia, pois desperta saudade e nos faz lembrar de nossa infância e de entes queridos que já se foram.
No meu tempo, a inocência e a
ingenuidade das crianças duravam mais tempo. Eu mesma, acreditei em Papai Noel até meus 10 ou 12 anos. (Parece impossível?) Em casa, seguíamos um ritual. Nada de entrega de presentes no dia 24. O costume era, após a ceia, ir dormir. Papai Noel passava enquanto estávamos na cama. Por isso, na manhã seguinte, eu acordava muito cedo, ansiosa, e corria para a sala para ver o que ele tinha nos deixado. O chão, perto da árvore, estava forrado de pacotes e eu saia correndo para acordar meus irmãos e abrir os presentes. Uma delícia lembrar!

Fiz questão de preservar este hábito com meus filhos que também mergulharam na magia da data. Considero fundamental para a saúde de um adulto ter vivido sua infância ao máximo, com a liberdade de fantasiar, imaginar e sonhar. Criança tem que ser criança.

Meu caçula, Rafa, hoje tem 13 anos. Assim como eu, ele tem prazer em montar a árvore. Todos os anos compramos alguns enfeites novos e juntos colocamos um a um com todo o carinho. Certo Natal decidi que já era tempo de lhe contar que Papai Noel era na verdade eu mesma... (mãe separada é assim...). Falei com cuidado, achando que seria uma decepção, mas ele olhou para mim e respondeu: "mas, mãe, eu já sabia..."
- E porque não me disse nada? - perguntei curiosa.
- Porque eu não queria te deixar chateada...
Que meigo, não é? Eu preocupada com ele e ele, comigo...

O verdadeiro Espírito do Natal, que se perde por conta do comércio agressivo da data, é a comemoração do nascimento de Jesus. Data do Amor Universal. Para mim, representa renascimento, renovação. Momento único para reencontrar quem não se vê há muito tempo, boa ocasião para doar t
udo aquilo que não usamos e que outros tanto precisam. Deixar a energia fluir. Dar para receber.
Época para lembrar dos que carecem e quem sabe, ganhar um presente: ser o Papai Noel de uma criança carente. (Conhece o Projeto Papai Noel dos Correios?)
Natal é isso. O coração transbordando de tanto amor, a alma brilhando feito luzinha e uma vontade enorme de que esta sensação dure a vida toda. É o que desejo de coração a todos:
Que as melhores sensações e os melhores momentos do Natal permaneçam em cada segundo de nossas vidas.



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